Escravidão animal
Substituição de animais em pesquisa

Pesquisadora defende fim da escravidão animal

A professora e pesquisadora Emanuelle Fontenele Rabelo defendeu o fim da escravidão animal em pesquisas. Ela é docente da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Rio Grande do Norte, Brasil, e coordenadora da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da instituição. A manifestação da pesquisadora se deu por meio de nota da Assessoria de Comunicação da UFERSA. Para ela, “todos os seres vivos merecem nosso respeito e não podem ser considerados objetos de utilização por seres humanos para pesquisas e testes cruéis desnecessários”.

O protesto da pesquisadora se refere especialmente ao uso de animais em testes de cosméticos. Ela argumenta que, para muitos estudiosos, esses testes deveriam ser abolidos, pois os resultados gerados são imprecisos e incompatíveis com a forma como o organismo humano responde. Por essa razão, são ineficazes e, portanto, desnecessários. Além disso, ela acrescenta que existem vários métodos alternativos que não empregam animais. Alguns exemplos são as tecnologias que envolvem cultivo de células e modelos computacionais.

A publicação ressalta que muitas empresas de cosméticos, nacionais e internacionais, já aderiram aos métodos alternativos, produzindo seus produtos sem a necessidade de testes em animais. Esses produtos os chamados cruelty free – livres de crueldade. Além dos mais, conforme a publicação, o uso de animais nesses testes foi proibido na União Europeia, Noruega, Israel, Índia e Nova Zelândia. “Proibições semelhantes foram feitas na Austrália, Canadá, Taiwan e EUA”. Como aponta a publicação, vários estados brasileiros já contam com leis que proíbem o uso de animais para testes de produtos cosméticos, de higiene pessoal, perfumes e seus componentes. Os que já compõem a lista são Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Santa Catarina.

A pesquisadora acrescenta que todo animal merece, além de respeito, carinho, dignidade e uma boa qualidade de vida. “A melhor forma de garantir esses direitos básicos aos animais é abolindo métodos cruéis e substituíveis, com investimentos das empresas na adesão de tecnologias alternativas”. Segundo ela, é preciso acabar com a escravidão animal para que todos os seres vivos possam estar em perfeita harmonia com o ser humano.

De fato, a proibição do uso de animais em testes de produtos cosméticos em tantos estados e países, por si só, já comprova que esse tipo de teste é realmente desnecessário e substituível. Do contrário, não teria sido abolido. Portanto, a aplicação desses testes é absolutamente injustificável.

Diante dessa evidência, o consumidor precisa fazer a sua parte. Afinal, como destacou a nota da UFERSA, existe um grande número de cosméticos cruelty free, isto é, livres de crueldade. Sendo assim, adquirir um cosmético testado em animais é estimular essa perversidade e ser conivente com ela. Confira a embalagem dos produtos. Esta deve indicar claramente que o produto é cruelty free ou que não é testado em animais (not tested on animals).


Referências bibliográficas:


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