A dieta à base de plantas pode ser uma ferramenta contra as doenças crônicas do estilo de vida com as quais muitos lutam. É o que diz publicação da revista da Associação Médica do Estado de Missouri, Estados Unidos.
Os autores são médicos americanos e pesquisadores do Centro Médico da Faculdade de Medicina de Kansas City e da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, Estados Unidos. As doenças crônicas referidas pelos autores são as cardiovasculares, obesidade, diabetes do tipo 2, colesterol alto e câncer.
Para os autores, o crescimento do veganismo nos Estados Unidos favorece o uso das dietas baseadas em plantas no tratamento e prevenção dessas doenças. De acordo com a publicação, “o número de americanos que seguem uma dieta vegana aumentou 600% de 2014 a 2018”.
Os autores informam que “à medida que o interesse por dietas baseadas em vegetais cresceu, o mesmo aconteceu com o mercado. Muitos restaurantes estão incorporando alternativas à carne em suas opções”.
Eles acrescentam que itens como o Beyond Burger – marca de hamburguer vegano – são populares não apenas entre veganos, mas também entre comedores de carne.
“Nos supermercados, as alternativas de ovos, queijo e leite à base de plantas impulsionaram as vendas. O interesse em alternativas baseadas em plantas é evidente; o mercado de alimentos à base de plantas aumentou 29% nos Estados Unidos entre 2017 e 2019”.
Os autores explicam que o interesse nesse tipo de alimentação é impulsionado por uma série de fatores. “Muitos optam por uma dieta baseada em vegetais em busca de saúde, por preocupação com o bem-estar animal ou como uma forma de reduzir os problemas ambientais”.
Para apresentar os benefícios à saúde, os autores citam na publicação vários trabalhos científicos. Entre eles, “uma ampla revisão publicada em 2020”, na qual as dietas à base de plantas mostraram reduzir significativamente os resultados negativos para a saúde.
Com base na popularização desse tipo de alimentação e nos benefícios à saúde, os autores sugerem que os médicos passem a utilizá-la como ferramenta, isto é, recurso terapêutico. “Os médicos devem se sentir confiantes ao recomendar tal dieta a seus pacientes e apoiar essa escolha quando o paciente manifestar interesse”, defendem.
“Dado que tantas condições de saúde e resultados adversos podem ser atenuados por uma dieta à base de plantas, e que há um interesse público crescente por esta dieta, os médicos precisam ser capacitados e estar prontos para aconselhar seus pacientes sobre os benefícios e riscos de um dieta à base de plantas”.
Os riscos a que eles se referem são os cuidados necessários com a combinação de vegetais que compõem as refeições. Em qualquer tipo de alimentação – não apenas na vegana – esta combinação precisa ser bem planejada para incluir todos os nutrientes essenciais.
“Deve-se ter o cuidado de incluir uma variedade de frutas, vegetais, sementes, nozes e leguminosas para garantir o consumo adequado de proteínas.
A vitamina B12 e o cálcio podem ser encontrados em alimentos fortificados ou adicionados por meio de suplementação para garantir a ingestão adequada”.
“Uma dieta bem planejada de alimentos integrais à base de plantas, incorporando uma variedade de vegetais, grãos integrais, nozes e leguminosas pode ser uma ferramenta para ajudar médicos e pacientes a lidar com as doenças crônicas do estilo de vida com as quais muitos lutam”, acrescentam.
“Pacientes com condições crônicas de saúde que aderem a essa dieta podem esperar perda de peso, melhora da pressão arterial e do colesterol e redução do risco de doenças cardíacas”.
Estes achados estão, de fato, bem estabelecidos. Diversos estudos demonstram que a dieta vegana emagrece e ainda previne, bem como trata, doenças cardiovasculares, entre outras, e câncer.
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Referências bibliográficas:
- Clem J, Barthel B. A Look at Plant-Based Diets. Mo Med. 2021;118(3):233-238. Disponível em PMC8210981
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