Atleta vegano mantém desempenho
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Atleta torna-se vegano e mantém desempenho

Atleta, jogador de futebol irlandês de elite, torna-se vegano e mantém mesmo desempenho. O caso foi relatado na revista científica Sports. Os autores da publicação são pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa de Dublin, Irlanda, e da Flórida, Estados Unidos. O jovem atleta de 25 anos realizou a transição de uma dieta onívora para uma vegana no início de uma temporada competitiva, sem comprometer o desempenho.

A modalidade esportiva do atleta de elite referido neste caso é o futebol irlandês, também chamado de futebol gaélico. O jovem, que jogava em uma equipe internacional sênior da Irlanda, seguiu as orientações de um nutricionista e utilizou o aplicativo “MyFitnessPal”, um diário alimentar no qual o usuário registra suas refeições. O artigo descreve em detalhes o plano nutricional seguido pelo atleta. Os autores disseram esperar que o relato do caso auxilie outros profissionais na abordagem de atletas em transição para uma dieta vegana.

A publicação aborda também alguns dos desafios reportados pelo atleta na transição para o veganismo. Um deles foi o investimento de tempo no planejamento e preparo das refeições. Outro obstáculo era o problema das opções limitadas de comida vegana em muitas situações sociais. Por outro lado, segundo os autores, em aproximadamente três meses, o atleta se habitou à nova rotina. Dali em diante, considerou muito mais fácil cumprir suas metas diárias de nutrição.

Os autores acrescentam que o fornecimento de refeições após os treinos também facilitou o atendimento das necessidades nutricionais do atleta. Eles contam que “o nutricionista, a equipe de catering [buffet] e os chefs investiram um tempo significativo na criação de opções de refeições, para os atletas, que fossem veganas, nutricionalmente balanceadas e saborosas”. Além disso, o atleta recebia uma bebida contendo suplemento de proteína em pó à base de plantas, preparada por um membro da equipe de apoio.

Segundo os autores, o fornecimento de tais refeições e bebidas para recuperação pós-treino é uma prática padrão. Todavia, antes da transição do atleta, esses alimentos não eram veganos. Para os autores, essa mudança, apesar do esforço que exigiu de todos os envolvidos, reflete o reconhecimento da necessidade do grupo de ser inclusivo e facilitar o atendimento das necessidades dos atletas.

Os autores contam que, posteriormente, outro membro da equipe resolveu seguir os passos do jogador, e também realizou a transição para o veganismo. Para justificar sua mudança, este outro atleta alegou razões de saúde, ambientais e éticas.

Hoje me dia, grandes nomes ampliam a lista de atletas veganos. No início deste ano, a Vegazeta divulgou o caso do atleta vegano australiano Noah Hannibal, que levantou 200 quilos e ganhou medalha de ouro em competição internacional de supino. Há, de fato, muitos exemplos e alguns deles foram divulgados em janeiro pelo UOL.


Referências bibliográficas:


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